terça-feira, 12 de agosto de 2008

"Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...
se te olho profundamente,Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitóriasDos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

domingo, 8 de junho de 2008

soneto do sono

Durmo para esquecer
Pensamentos sombrios
Noites frias
Dias fúteis cobertos de solidão

Durmo para fugir
De pessoas vis
Que transformam belezas em pesadelos
Durmo para esquecer

Encontro Morfeu
Para fugir dos espectros
Não lembrar o que sou

Durmo para esquecer as sombras,
Não presenciar o que me tornei
Vivendo nas trevas.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Nao consigo suportar conviver tantas horas por dia comigo mesma.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Depois que a noite acabar

Eu tento aparentar calma
A liberdade de minhas escolhas
Me enclausura
em minhas próprias decisões

A existência pesa
Os anjos se escondem
Na confusão de minha mente
Nada brilhante.

Meus fantasmas,
Sempre presentes,
Insistem em me assombrar
Constantemente.

Ontem senti vontade de chorar.
Hoje também.
E todas as noites são sempre iguais...

Depois q a noite acabar
Espero ser mais feliz

terça-feira, 8 de abril de 2008

Os versos não saem
São pobres, como minha alma
Inúteis, como a minha falta de calma
Do meu peito não partem

A dor e a amargura
Que só um medíocre poeta pode saber
Pode sentir a clausura
De sua ínfima alma
que alguns insistem em chamar bravura,
mas é sepultura...
Quanta tristeza
Pode caber num coração humano?
O meu,
Desesperado,
Quase não pode agüentar
A dor que cultiva
Meus olhos tristes
Não são mais
o que eram há alguns muitos anos
Mas o que eram então?
Será que eram?
Ou apenas por não ser
É que pareciam felizes?
Felizes aqueles que não são,
Pois nem ao menos sabem,
Mas permanecem sãos.

domingo, 6 de abril de 2008

Meus olhos,
sempre tão tristes
por marcas do passado,
hoje,
choram pelo presente...